segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Líderes políticos e religiosos se manifestam sobre renúncia do Papa


Da Redação, com informações da Rádio Vaticano


A notícia da apresentação da renúncia do Papa Bento XVI teve repercussão mundial nesta segunda-feira, 11. Líderes religiosos e políticos manifestaram a sua reação e opinião frente ao recente anúncio feito pelo próprio Papa.

Ao término do Consistório, durante o qual o Santo Padre apresentopu sua renúncia, o decano do colégio cardinalício, Cardeal Angelo Sodano, disse que a mensagem do Papa resoou na sala onde estavam reunidos como "um raio no céu sereno".  Ele enfatizou, porém, que a estrela desse pontificado brilhará para sempre. "Estamos ao seu lado, Santo Padre, e nos abençoe".

Veja abaixo os depoimentos sobre o anúncio da renúncia de Bento XVI:

"Creio que este tenha sido um gesto de extraordinária coragem e de extraordinário sentido de responsabilidade, porque também o ter sobre suas costas um mandato extraordinariamente desafiador, como aquele do Pontífice da Igreja católica, precisa lidar também com o prolongamento da vida nem sempre em condições igualmente sustentáveis. Grande coragem, generosidade e, da minha parte, de muito respeito" - Giorgio Napolitano, presidente da República Italiana
"Uma decisão que nos deixa com a alma repleta de dor e de tristeza; mais uma vez Bento XVI ofereceu um exemplo de profunda liberdade interior" - Cardeal Angelo Bagnasco, presente no Consistório para a canonização dos mártires de Otranto 

"O Papa Bento XVI demonstrou a todos nós o que pode ser concretamente a vocação da Sé de Roma, um testemunho em escala universal do Evangelho e um mensageiro de esperança. (...) Nós nos unimos aos nossos irmãos e irmãs católicos para agradecer a Deus pela inspiração e o desafio do ministério do Papa Bento XVI. Rezemos para que Deus o abençõe e lhe dê saúde e paz no corpo e no coração, tenhamos confiança no Espírito Santo que tem a responsabilidade de eleger o sucessor" - Dr. Justin Welby, novo arcebispo de Cantuária, primaz da Igreja Anglicana

"Com seu pontificado ele traçou um caminho rumo ao entendimento, indispensável para todos nós, reforçado pelo pontífice em suas palavras. Esperamos que Bento XVI possa contribuir no futuro para um diálogo baseado nos princípios de dignidades iguais e respeito mútuo" - Renzo Gattegna, presidente da União das Comunidades Judaicas Italianas

"Respeitamos totalmente a decisão de Sua Santidade Bento XVI de renunciar. Com profundo respeito, vimos como ele assumiu a responsabilidade e o peso de seu ministério em idade avançada, num momento difícil para a Igreja. Manifesto meu apreço pelo seu amor e compromisso com a Igreja e com o movimento ecumênico. Pedimos a Deus que o abençoe neste momento e nesta fase de sua vida e que guie a Igreja Católica neste período importante de transição" - Rev. Olav Fykse Tveit, Secretário-Geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI)
"A declaração de renúncia do Papa Bento XVI é um passo extraordinário que merece respeito e admiração. Compreendo a decisão do pontífice, embora este passo tenha me afetado dolorosamente. Exercer a função de Papa requer um trabalho enorme, com eventos públicos, escritos, decisões e consultas. É pesado para um Pontífice de 85 anos" - Cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena e presidente da Conferência Episcopal da Áustria
"Em nome dos norte-americanos de todo o mundo, Michele e eu desejamos manifestar o nosso apreço e a nossa oração por Sua Santidade Papa Bento XVI. Michele e eu recordamos de coração o nosso encontro com o Santo Padre em 2009. (...) A Igreja desenvolve um papel fundamental nos Estados Unidos e no mundo, e desejo tudo de melhor possível para aqueles que logo se reunirão para escolher o sucessor de Sua Santidade o Papa Bento XVI" -Barack Obama, presidente dos Estados Unidos.

FONTE: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=288686

Nossa atitude é de oração pelo Papa, diz Monsenhor Jonas Abib


Da Redação


NOTA DO MONSENHOR JONAS ABIB, FUNDADOR DA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA, SOBRE A RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI
A Comunidade Canção Nova recebe a notícia da renúncia do Papa Bento XVI com serenidade e espírito de Fé, certos de que nada escapa à Providência Divina, de que “nada pode nos separar do amor de Cristo”.
Ao mesmo tempo que agradecemos a Deus pelo dom dos oito anos do Pontificado de Bento XVI, já nos colocamos em oração pela nossa Igreja, para que o Espírito Santo a assista neste importante momento. Intercessão que, por graça, por estarmos reunidos no tradicional Acampamento, nos dias de Carnaval, já acontece de imediato. A nossa atitude é de contínua oração pelo Papa Bento XVI e pela Igreja.

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fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?

Bento XVI anuncia sua renúncia como Papa


Rádio Vaticano


Bento XVI


O Papa Bento XVI anunciou nesta segunda-feira, 11, que vai renunciar à sua função como Papa no dia 28 de fevereiro. Veja abaixo o texto integral do anúncio: 

Caríssimos Irmãos,

"Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus".

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

O sentido cristão do sexo


O amor conjugal tem um sentido único

Antes de tudo, o casal cristão precisa conhecer bem o sentido do sexo no plano de Deus. Ele o quis. De todas as alternativas possíveis que o Senhor poderia ter empregado para gerar e manter a espécie humana, Ele escolheu a relação física e espiritual do amor conjugal. Deus quis que o casal humano fosse o arquétipo da humanidade e que sua geração fosse por meio da via sexual.

Além disso, por meio deste ato, Ele quis aprofundar o amor do casal. Então, a conclusão a que se chega é que Deus não só inventou o sexo, mas o dotou de profunda dignidade e sentido, por isso colocou normas para ser vivido de maneira correta, para que não causasse desajustamento e sofrimento. O Senhor quis que o ser humano fosse material e espiritual, algo como uma síntese bela do animal que apenas tem corpo com o anjo que apenas é espírito. E, dotando-o de corpo, quis que o homem fosse sexuado como os animais; porém, a sua vida sexual deveria ser guiada não pelo instinto, mas pela alma, e iluminada pela inteligência, embelezada pela liberdade, conduzida pela vontade e vivida no amor.

A vida sexual é algo muito sublime no plano de Deus; por isso jamais um casal deve pensar que o Senhor esteja longe no momento de sua união mais íntima; pois este ato é santo, santificador no casamento e querido por Ele. O amor conjugal tem um sentido único.
 
O amor entre dois seres do mesmo sexo, como pai e filho ou dois amigos não contém a complementação no plano físico. O uso do sexo, no seu devido lugar, ou seja, no casamento, bem entendido nos seus aspectos espirituais e psicológicos, é um dos atos mais nobres e significativos que o ser humano pode realizar; pois ele é a fonte da vida e da celebração do amor. A virtude da castidade, mais do que consistir na renúncia ao sexo, significa o seu uso adequado.

Diz o Dr. Alphone H. Clemens, Diretor do Centro de Aconselhamento da Universidade Católica da América, Washington, D.C., que o ato sexual “é um ato de grande beleza e profunda significação espiritual, pois o amor conjugal entre dois cristãos, em estado de graça, é uma fusão de dois corpos que são templos da Trindade, e uma fusão de duas almas. Por outro lado, usado com propriedade, torna-se fonte de união, harmonia, paz e justamento.

Intensifica o amor entre o esposo e a esposa, funciona como escudo contra a infidelidade e a incontinência. A personalidade humana integral, mesmo nos seus aspectos sobrenaturais, é enriquecida pelo sexo, uma vez que o ato do amor conjugal também é merecedor de graças.” (Clemens, 1969, p. 175)

Afirma Raoul de Gutchenere em “Judgment on Birth Control”: “Foi reconhecido, há já bastante tempo, que as relações sexuais produzem efeitos psicológicos profundos, especialmente sobre a mulher, uma vez que o esperma absorvido por seu corpo desempenha um papel dinamogênico, promovendo o equilíbrio. De modo geral, o ato de amor conjugal provoca o relaxamento, o vigor, a autoconfiança, a satisfação e a sensação geral de bem-estar, de segurança e uma disposição que conduz ao esquecimento de atritos e tensões de menor importância entre o casal.” (Apud Clemens, p. 177)

Não é à toa que São Paulo, há 2 mil anos, já recomendava aos cônjuges cristãos: “não vos recuseis um ao outro, a fim de que satanás não vos tente”. (1Cor 7,5)
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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

07/02/2013 - 00h00

Projeto: "Arte por toda parte" 2018